Trabalhar, para quê?
As frases feitas, de que o trabalho dignifica, o trabalho dá saúde, do trabalho vem tudo, trabalhar é um dever, estão hoje em desuso, ou não causam qualquer impacto social porque aquele que trabalha é cada vez mais penalizado e perseguido, quase considerado um criminoso que é preciso controlar, vigiar, explorar e manter na lei.
Em vez de promover e incentivar ao trabalho, o governo, este e outros, optaram por criar uma legião de parasitas que sustenta com o esforço alheio.
É inadmissível e reprovável que o Estado, neste caso através da S. S., atribua, a quem nunca trabalhou ou descontou um cêntimo para aquela Instituição, subsídios superiores à reforma de milhares de cidadãos que trabalharam e descontaram durante décadas.
É chocante ver muitos desses privilegiados do Poder, cheios de saúde e na força da vida, a viver no ócio e no vício, e não me venham os defensores da justiça social argumentar em seu favor, porque justiça social não é fomentar o parasitismo, mas sim o trabalho a quem pode e tem obrigação de o fazer.
O Estado devia, sim senhor, pagar para os portugueses viverem dignamente mas também exigir que aqueles que podem, retribuíssem com o seu trabalho reconstruindo um país que está a ficar velho e a desmoronar-se.
Seria suposto o Estado defender os trabalhadores que o sustentam, no entanto, hoje, os ataques a quem trabalha, nunca foram tão fortes desde Abril e isso desmotiva aquele que ainda entende o trabalho como dever.
Não tenho conhecimento que alguém dedicado ao trabalho, trabalho produtivo e visível do ponto de vista da utilidade comunitária, tenha sido agraciado com qualquer das ordens honoríficas que todos os anos são distribuídas de um modo perdulário e que podemos considerar absolutamente discutível.
As honras, as mercês, os elogios, raramente têm por destinatário aquele que trabalha no campo, no comércio, ou na indústria, mas apenas os ditos “artistas” ou políticos, como se o desenvolvimento do país dependesse deles ou do que fazem.
Se querem dignificar o trabalho, devem dignificar aquele que trabalha e não colocá-lo num patamar inferior aquele que nada faz.
segunda-feira, 1 de março de 2010
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