segunda-feira, 1 de março de 2010

O PREÇO DO PÃO

Aumentar o preço do pão, Porquê?

Estamos perante uma anunciada subida do preço do pão, um bem essencial que desde 1976 (30 anos) viu o seu preço multiplicar por 55 (a mais alta subida depois do gasóleo, ao qual se aplica o multiplicador 50, pois, na mesma época custava 4$00, 1/3 do preço da gasolina que custava 12$50 e cujo valor multiplicou apenas 22 vezes) (D. Governo de 23 de Outubro de 1975)
Argumentam os industriais do sector, através da sua Associação, que o preço dos combustíveis e da energia sobem e que o do pão também deve subir, ora, ainda não há muito tempo (princípios de 2006) teve uma acentuada subida (um pão que custava 60 cêntimos passou para 80 o que equivale a 33%)
Em 1976 a “carcaça” ou “papo-seco” custava 40 centavos, hoje custa 11 cêntimos e se for concretizado o aumento pretendido passará a custar cerca de 65 vezes mais do que nessa altura.
O preço da matéria-prima, (quero dizer do trigo), no produtor, continua quase ao nível de 1976, nem sequer duplicou.
A energia eléctrica subiu de 1$60 o KW em 1979 para pouco mais de 10 cêntimos o que corresponde ao multiplicador 13.
O gaz butano custava 110$00 (garrafa de 13 Kg) (D. Governo de 1 de Abril de 1976, hoje custa 33 vezes mais.
Ora os salários, em média e nos mesmos 30 anos, multiplicaram um pouco abaixo das 20 vezes, o que fica muito aquém de metade da subida do pão retirando capacidade de compra e deixando mais pobres os consumidores.
Se for avante a subida do pão nos anunciados 20 %, teremos, em pouco mais de um ano, um aumento de mais de 50% (em alguns tipos de pão) o que se reflecte negativamente em qualquer orçamento familiar
Se o preço do pão que hoje custa 80 cêntimos aumentar mais 15 e a juntar aos 20 cêntimos do anterior aumento (Janeiro de 2006) sobe exactamente 55% no espaço de um ano, resultando, para quem consumir apenas um desses pães por dia, num acréscimo de 10,5 Euros mensais cujo valor ultrapassa o aumento da maioria das reformas dos nossos idosos.
O pão é o produto recordista dos aumentos nos últimos 30 anos e parece que vai continuar a deter esse recorde e a distanciar-se ainda mais.
Janeiro de 2007

Sem comentários:

Enviar um comentário