Os lóbis
Vivemos num mundo e numa época em que os lóbis instalados em quase todos os sectores da vida pública e económica, pressionam a seu favor a tomada de decisões por parte de algumas entidades que deviam ser isentas mas que se deixam embrulhar nas teias desses grupos de interesses que nada têm de públicos ou colectivos.
Não é só a nível dos Ministérios ou dos grandes órgãos de decisão que a pressão é exercida, também outros centros económicos de menor capacidade financeira sofrem já a influencia de tais acções clubistas alterando decisões que redundam em prejuízo dos povos e do seu consequente desenvolvimento tendo em conta que os recursos a canalizar segundo critérios avaliativos de prioridade de investimento com vista a beneficiar as populações, são alterados e atribuídos em função da vontade desses grupos organizados que se julgam donos da vontade dos povos, a projectos de utilidade duvidosa ou mesmo discutível de que uns tantos se aproveitam em beneficio particular.
Não culpo os membros ou os actores de tais organizações que à margem da lei lutam pelos seus interesses agindo por vezes em proveito próprio, mas aponto os gestores ou administrativos dos bens públicos como os verdadeiros responsáveis, pois são eles, quais canas agitadas pelos ventos convenientes, “tântalos da vontade”, que se submetem às minorias sem auscultar a vontade dos cidadãos e se recusam a debater publicamente o interesse social de qualquer investimento.
Assim, qualquer iniciativa ou projecto que não tenha o apoio desses “interesseiros” estão condenadas ao fracasso a menos que os representantes do povo ou da administração central abram os olhos e defendam na verdade os reais anseios dos povos que os elegeram em vez de se portarem como marionetas por outros comandados.
Vemos com apreensão o alastrar deste polvo que não pára de estender os seus tentáculos e asfixia a iniciativa que se deseja normal e independente em quase todos os sectores de actividade pública, decidindo e impondo, sem mandato, o modo de aplicação dos dinheiros públicos onde mais lhe aprouver e sem que sejam receadas as consequências pela falta de transparência de tais actos que parece terem cobertura institucional.
Os cidadãos livres e que não estão presos ou sujeitos a qualquer grupo de interesse, devem lutar contra este tipo de situações defendendo o desenvolvimento das suas terras e não permitindo que os apelidem ou os tenham em conta de “imbecis submissos”, só assim poderá haver um futuro para todos prometedor.
segunda-feira, 1 de março de 2010
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