Nunca como hoje, houve tantos cursos de formação profissional nas mais diversas áreas e profissões, através dos quais são dados subsídios aos formandos, ao contrário do meu tempo em que muitos eram forçados a pagar para aprender.
Não duvido da utilidade e necessidade de tais programas, já que se forem aproveitados, podem elevar o nível de competência e conhecimento, para além de uma crescente valorização pessoal que se deve desejar real.
São abrangidos por tais cursos, os mais diversos e imaginários ofícios, no entanto há uma lacuna grave, que no meu entender devia ser preenchida com urgência: a criação de cursos de formação para candidatos a políticos, ou, o que seria ideal, uma escola superior, capaz de formar os futuros governantes e dar-lhe de mais o que sabemos têm hoje de míngua.
Todos sabemos e conhecemos a falta de competência, de capacidade e de diplomacia, de que sofre a maioria dos políticos e que acedem a elevados cargos de responsabilidade sem que tenham um mínimo de formação para além das capacidades de retórica, tantas vezes enganosa nas palavras de mel, mas cheias de hipocrisia, mentira e fel.
Todos os trabalhadores, necessitam de um tempo de aprendizagem e frequentam vários tipos de ensino até se tornarem profissionais e como tais aceites no mercado de trabalho, daí que os políticos devam estar sujeitos às mesmas regras e lhe seja exigido um elevado grau de conhecimento, preparação e competência, compatíveis com a responsabilidade que virtualmente pensem vir a assumir, não é justo que por vezes haja incompetentes a dirigir quem é reconhecida e sobejamente mais capaz.
Se um Estado é, diga-se, a maior “Empresa” de qualquer país, porque não procede da mesma forma que as Empresas, recrutando para dirigentes, os melhores e os mais qualificados, em vez de abrir as portas tantas vezes a oportunistas ambiciosos sem escrúpulos, ou a afilhados impreparados?
Se o valor dos políticos fosse calculado em acções, e estas cotadas na Bolsa, a sua cotação estaria por baixo, a limites preocupantes, á beira da bancarrota, e apenas e exclusivamente por culpa deles mesmos e do seu comportamento pouco credível, mas podem redimir-se desse negativismo se forem capazes de legislar em concreto e sem ambiguidades, no sentido da criação dessa mesma escola, evitando assim que qualquer aventureiro, oportunista bem-falante e “habilidoso” possa assumir cargos públicos e dê ao povo reprováveis e negativos exemplos de comportamento,
O mau nome, ou conceito, em que se têm os governantes é motivado pelas acções e pela postura que assumem tantas vezes vergonhosa, senão escandalosa.
Que façam alguma coisa por eles mesmos... e por nós!
Mar 2010
terça-feira, 16 de março de 2010
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