quinta-feira, 3 de março de 2011

Utilizador/Pagador?

UTILIZADOR/ PAGADOR

A A25 não é uma auto-estrada de raiz, ela foi construída em parte sobre a IP5, logo, tem apenas uma via, já que a outra é a IP5 que o Estado roubou ao povo que a tinha pago.
Assim, o Estado não tem autoridade moral para impor portagens nesta via, porque falhou, tanto na programação como na sua projecção e construção.
Não é justo nem admissível que, aqueles que tanto defenderam as Scuts, venham agora taxar este meio de comunicação, essencial ao desenvolvimento de uma das mais desfavorecidas regiões do país, com portagem alegando o falso princípio do utilizador/pagador que neste caso se assemelha a uma fraude, porque é defraudado que o povo desta região se sente.
Posso até estar de acordo com esta figura, (do utilizador/pagador) se ela fosse abrangente a todos os casos semelhantes, o que não é o caso, porque se eu for obrigado a pagar por uma estrada que utilizo, a A25, com que direito o mesmo Estado me obriga a pagar por serviços que não utilizo? Nunca utilizei os serviços da TAP e sou obrigado a pagar, Não utilizo o Metro de Lisboa, ou do Porto, e sou obrigado a pagar, não viajo de comboio e participo nas despesas da CP, Não viajo na Carris e também pago, não bebo água das Águas de Portugal e pago e a maioria do povo paga por serviços que não utiliza nem nunca utilizou, logo, este alegado princípio não tem razão de ser porque não é aplicado de modo horizontal: penaliza uns e privilegia outros.
No meu entender, todas as autarquias servidas pela A25 (meia IP5) se deviam concertar no sentido de um protesto colectivo contra as portagens numa via cuja alternativa foi destruída ou ocupada pela A25.

Ticarlos 1 de Março de 2011

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